sexta-feira, 30 de março de 2012

" SAIBA O QUE SÃO DOENÇAS AUTOIMUNES E COMO TRATAR LÚPUS E PSORÍASE"


O lúpus e a psoríase são duas doenças autoimunes. É como se o sistema imunológico interpretasse que o paciente é a bactéria. Um ponto em comum entre essas doenças é que ambas são inflamatórias, costumam surgir principalmente na vida adulta e trazem manifestações na pele que podem afetar a vida social. Estresse emocional pode desencadear os dois problemas e não há cura para ambos, mas apenas controle. As do...enças podem desaparecer, mas podem voltar. Por outro lado, enquanto o sol ajuda a combater a psoríase, piora o lúpus.

O sistema imunológico do corpo humano produz proteínas chamadas anticorpos que servem para combater microorganismos agressores, como bactérias invasoras. No lúpus e na psoríase, porém, o sistema produz anticorpos contra células de diferentes tecidos do corpo, causando lesões na pele e, no caso do lúpus, dependendo da pessoa, lesões no sistema nervoso, coração, pulmões, rins e articulações.

Os estudos para descobrir porque desenvolvemos anticorpos contra nós mesmos estão em andamento. Uma das teorias diz que, quando a pessoa nasce, o corpo passa por um processo de reconhecimento celular.

Algumas células não são reconhecidas e ficam escondidas. Quando há uma queda de imunidade, por exemplo, essas células aparecem no organismo e o corpo passa a produzir anticorpos contra elas.

Outra teoria diz que alguns vírus (não se sabe quais) têm a capacidade de modificar nossas células. Quando isso ocorre, o nosso organismo passa a não mais reconhecê-las e, então, produz anticorpos.

Lúpus

O lúpus eritematoso sistêmico (les) pode ter um início agudo ou mais lento, com manifestações em diferentes órgãos. Essas manifestações podem ocorrer simultaneamente ou sucessivamente na pele, nas articulações, nos rins e nas membranas serosas. O diagnóstico da doença é feito pela presença de, no mínimo, quatro de onze critérios clínicos e o tratamento começa pela conscientização do paciente.

A doença provoca uma inflamação nos vasos sanguíneos (vasculite), e como eles estão por toda parte do corpo, pode disseminar para qualquer lugar do organismo, tendo consequências mais sérias quando atinge os rins e o sistema neurológico. No caso dos rins, pode comprometer o órgão a ponto de ter de fazer transplante. No caso do sistema nervoso, pode levar a pessoa a ter derrames ou desenvolver problemas psiquiátricos ou psicomotores. Porém, o lúpus grave ou agudo atinge menos de 20% dos portadores da doença.

Vale lembrar também que mais de 90% dos pacientes que tratam o lúpus e levam as orientações médicas a sério respondem bem ao tratamento e quase não sofrem os sintomas da doença. O tempo médio de tratamento é de cinco anos e há casos de pessoas que, após tratadas, a doença nunca mais volta a manifestar. Quem tem lúpus pode emagrecer antes de começar o tratamento, mas depois a tendência é engordar.

É importante investigar a possibilidade de lúpus. Se você tiver alterações frequentes em exames de urina, como presença de células de defesa (leucócitos no xixi), lesões na pele, dores articulares, manchas em forma de borboleta no rosto ou emagrecimento, pode ser sinal da doença e existe um exame de sangue que pode diagnosticá-la. Alguns anticorpos são específicos do lúpus, como o anti dna e o anti sm.

Psoríase

A psoríase pode ser confundida com outros problemas de pele, por isso é importante procurar um dermatologista para identificá-la. A doença se manifesta através de lesões que coçam bastante. Nos casos de psoríase leve, os tratamentos costumam ser com pomadas, loções, shampoos ou geis. Em casos mais severos, podem ser indicados medicamentos via oral e fototerapia.

Na doença, as células da pele vão se multiplicando em camadas, umas em cima das outras, formando escamas. Segundo a Dra. Eliandre Pallermo, diretora daSociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a recomendação é que a exposição ao sol sem protetor solar seja feita nos horários com menor incidência de raios UV, ou seja, antes das 10h e após as 16h.

Como se trata de uma exposição terapêutica e não com a finalidade de bronzear, o período de exposição varia de acordo com o tipo de pele de cada pessoa. Para pessoas com a pele branca, não é recomendado ultrapassar 20 minutos, desde que a pele não fique vermelha. Pessoas com a pele morena ou negra podem se expor um pouco mais, de 30 a 40 minutos, desde que não sintam ardência na pele. Entretanto, o ideal é analisar cada caso individualmente, por isso é extremamente importante o acompanhamento de um médico dermatologista.

Tratamento

Há tratamento disponível no SUS com remédios que ajudam a controlar as doenças. Procure um hospital universitário ou peça encaminhamento do posto de saúde para uma dessas unidades se não obtiver o controle com a ajuda dos médicos do posto de saúde.

No caso do lúpus, o uso de corticoides pode levar ao ganho de peso. Por isso, a alimentação saudável e os exercícios físicos são indispensáveis. Há também os imunossupressores, que agem nos linfócitos (células responsáveis pela produção de anticorpos), mas o problema é que acabam atuando nas células normais, o que pode causar anemias e diminuir a resistência. O tratamento com agentes biológicos bloqueia determinados anticorpos responsáveis pelos sintomas do lúpus.

Controlar o estresse emocional e realizar pequenas coisas que trazem felicidade e bem-estar pode ajudar. A pessoa com lúpus ou psoríase não deve fugir do contato social e deve explicar que a doença de pele não é contagiosa. A alimentação rica em vegetais, carnes magras e sem gordura pode ajudar também no tratamento. A dieta com pouco sal e atividades físicas também são positivos. Exercícios com proteção solar, como caminhadas noturnas, musculação, natação e pilates estimulam a massa muscular e melhoram a qualidade do osso.

Portadores de lúpus não devem tomar sol e, mesmo em ambientes fechados, devem usar fator de proteção solar porque o raio ultravioleta destrói várias células cutâneas e o organismo entende que precisa produzir mais anticorpos. Em contrapartida, o sol ajuda a controlar a psoríase, mas exige combinação de um creme hidratante que ajude a evitar o ressecamento, que pode agravar a doença. Nas duas doenças, é bom manter a casa saudável, arejada, sem mofo e pó que podem irritar mais ainda a pele.

É importante saber que o lúpus é uma doença tratada por reumatologistas e a psoríase é tratada por dermatologistas. Porém, alguns pacientes com psoríase (cerca de 30%) desenvolvem artrite inflamatória crônica que comprometem as articulações periféricas, o que demanda tratamento também com o dermatologista, além do reumatologista.

G1

Notícia publicada em: 26/3/2012

terça-feira, 13 de março de 2012

*** CICATRIZES DE ACNE


TRATAMENTO

-Algumas pessoas desenvolvem formas mais graves de acne, que podem deixar sequelas cicatriciais, como manchas e alterações da superfície da pele, principalmente cicatrizes deprimidas.
Vários tratamentos podem ser utilizados para a correção destas cicatrizes e a indicação de cada um deles depende de cada caso. Em uma mesma pessoa, pode ser necessária a utilização de mais de um método, para se obter um melhor resultado. Nestes casos, o tratamento pode ser demorado, pois um procedimento pode não ser compatível com o outro. Paciência e controle da ansiedade em resolver tudo de uma vez é recomendada. A melhora da pele pode demorar, mas os resultados vão persistir para sempre.
Estes procedimentos devem ser realizados apenas por médicos dermatologistas e nunca por profissionais não médicos, pois sempre existem riscos de efeitos adversos, mesmo quando realizados adequadamente.




TÉCNICAS MAIS UTILIZADAS :

- Peelings químicos: podem ser superficiais, médios ou profundos, de acordo com a profundidade da pele que se deseja atingir. Os resultados são mais aparentes quanto mais profundos são os peelings, assim como aumentam também os riscos de efeitos colaterais e o desconforto durante o peeling e no pós-peeling.
Bons resultados podem ser obtidos com peelings superficiais repetidos e realizados a pequenos intervalos, principalmente para o tratamento de manchas causadas pela acne. Além de clarear as manchas, os peelings melhoram a textura da pele, que fica mais uniforme e melhora o seu aspecto como um todo. Se as cicatrizes forem mais profundas, os peelings médio e profundo podem ser utilizados.

- Dermoabrasão: consiste no lixamento da pele e está indicado nos casos em que há presença de cicatrizes deprimidas e profundas, principalmente aquelas com bordas bem delimitadas. O procedimento é doloroso e feito sob anestesia. O risco maior é o de deixar manchas escuras, principalmente em pessoas de pele morena.

- Preenchimento cutâneo: para as cicatrizes deprimidas que desaparecem quando a pele é esticada, o preenchimento pela técnica de microgotas é uma boa indicação. São injetadas substâncias debaixo da cicatriz, levantando-a. Os preenchedores podem ser temporários, como o ácido hialurônico (que pode durar cerca de 1 ano), ou definitivos, como o dimetilsiloxane. O procedimento é bem tolerado e, pessoas mais sensíveis, podem utilizar um creme anestésico.

- Elevação de cicatrizes: indicada para aquelas cicatrizes deprimidas que se parecem com marcas de catapora. Sob anestesia local, utiliza-se um punch (instrumento cortante semelhante a um canudo) para cortar a pele da cicatriz em círculo, sem soltá-la dos tecidos mais profundos, elevando-a até ao nível normal da pele e fixando-a com curativo. É comum a pele ficar até mais alta que a pele normal, sendo necessário, posteriormente, realizar uma dermoabrasão de toda a região para igualar a altura.

- Excisão e sutura simples: utilizada para remover cicatrizes disformes, com bordas irregulares. Consiste na retirada da cicatriz com bisturi, sob anestesia. A cicatriz resultante da remoção é mais uniforme, feita borda a borda, com resultado estético melhor.

- Subcisão: utilizada para elevar cicatrizes deprimidas, a técnica consiste em liberar a pele da fibrose cicatricial que a puxa para baixo. É feita pela introdução de agulha cortante sob a cicatriz, em movimentos de vai-vem, que cortam o tecido fibroso, soltando a pele. Um hematoma resultante do trauma estimula a formação de tecido colágeno no local, que também vai ajudar a elevar a cicatriz.


- Ressurfacing com Laser: o tratamento é semelhante à dermoabrasão só que, ao invés das lixas, a remoção do tecido é feita pelo laser. Assim, a profundidade do tecido a ser removido é controlada pelo computador, enquanto que, na dermoabrasão, depende mais da sensibilidade do profissional. É indicado para cicatrizes deprimidas de bordas bem marcadas. 


PREVENÇÃO: O tratamento da acne em sua fase inicial evita a formação de cicatrizes. Hoje, existem medicamentos que controlam a doença e, até mesmo, podem acabar definitivamente com ela em cerca de 6 a 8 meses. (Consulte seu dematologista e saiba qual o melhor tratamento).


Aqui na Skin Health, a Dra.Simone faz tratamento para cicatrizes de acne também com o Laser Fracionado CO2. (Marque uma consulta e tire suas dúvidas ).